TIREOIDE SEM MISTERIO

SÍNDROME METABÓLICA DESENVOLVE DIABETES TIPO 2

11 de junho de 2011

ENDOCRINOLOGIA – NEUROENDOCRINOLOGIA: MULHERES HIPERTIREOIDEAS GRÁVIDAS DEVEM SER BEM ACOMPANHADAS POR UM ENDOCRINOLOGISTA

UMA VEZ QUE TOMAM HORMÔNIOS PARA INIBIR A FUNÇÃO TIREOIDIANA, MAS NA GRAVIDEZ ESTA SUBSTÂNCIA SE FOR UTILIZADA DE FORMA EXCESSIVA, O FETO PODE DESENVOLVER HIPOTIREOIDISMO COM BÓCIO.

Quando uma mulher hipertireoideia está grávida e faz uso excessivo de substâncias antitireoidianas pode causar hipotireoidismo fetal com bócio. Esta situação pode ter um efeito crítico sobre a gestação, bem como sobre o crescimento fetal e seu desenvolvimento neurológico. Avaliando esta situação viemos esclarecer se e como o hipotireoidismo fetal com bócio pode ser evitado, e como, apesar de todas as atitudes tomadas para evitarmos esta condição podemos reagir quando a prevenção falha. Compreender a importância das relações com a gravidez muda o tratamento de hipertireoidismo quando ela está grávida uma vez que é de extrema importância evitar o hipotiroidismo fetal com bócio. Os níveis maternos de T4 livre são as indicações mais consistentes do estado tireoidiano materno e fetal. Nas mulheres hipertireoideas grávidas cujos fetos apresentam hipotireoidismo com bócio, pode-se aplicar injeções de levotiroxina no líquido amniótico que pode levar a uma melhora do estado fetal. A melhor maneira de se evitar o uso excessivo de substâncias antitireoidianas na mãe é se fazer o acompanhamento de perto do estado da tireóide materna, principalmente através dos níveis de T4 livre. Em gestantes, o uso excessivo de substâncias antitireoidianas coloca o feto em grande risco. O hipotireoidismo iatrogênico (causado pelo médico) fetal pode prejudicar o desenvolvimento neurológico e o crescimento da criança. Por outro lado, um bócio fetal pode causar compressão da traquéia, o que aumenta o risco de desenvolvimento de polidrâmnio (excesso de líquido amniótico no útero devido à capacidade de deglutição reduzida do feto), parto prematuro (atribuíveis à ruptura das membranas fetais causadas pelo polidrâmnio), distocia (dificuldades encontradas na evolução de um trabalho de parto que pode ser devido à hiperextensão do pescoço do feto) e obstrução das vias aéreas ao nascimento. 
No parto prematuro é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal em todas as gestações. O risco relacionado com trabalho de parto prematuro, o que deve ser evitado, aumenta se o feto tem outras doenças fetais, além de hipotireoidismo, tal como hipotireoidismo iatrogênico. A interrupção do tratamento com substâncias antitireoidianas na mãe é suficiente quando um bócio fetal se desenvolve ou se o feto precisa de tratamento direto com injeções de levotiroxina no líquido amniótico é um assunto de debate. No entanto, o desenvolvimento de bócio fetal iatrogênico pode ser evitado se o endocrinologista está ciente das mudanças no estado tireoidianos materno e no metabolismo que ocorrem durante a gravidez. O método mais importante para evitar o bócio fetal atribuível ao tratamento com uso excessivo de substâncias antitireoidianas na mãe na doença de Graves (Doença de Graves ou doença de Basedow-Graves ou ainda bócio difuso tóxico, é uma doença auto-imune e é uma das causas (e a mais frequentes) de hipertireoidismo) se deve monitorar de perto o estado da tireóide da gestante. Este acompanhamento deve ser feito em uma clínica especializada, com especialistas que são capazes de interpretar todas as armadilhas em relação a alterações fisiológicas e patológicas que ocorrem na tireóide durante a gravidez. Ressaltamos a importância das medições freqüentes de níveis periféricos dos hormônios da tiróide (especialmente T4 livre contra medidas TSH), o ajuste da dose de substâncias antitireoidianas utilizadas pela mãe de acordo com o resultado destes últimos exames, bem como a monitorização ultra-sonográfica do tamanho da tireóide do feto e seu desenvolvimento. Se o feto desenvolver bócio, o diagnóstico de hipotireoidismo ou hipertireoidismo fetal é essencial. Quando o hipotireoidismo fetal é diagnosticado, o tratamento materno com substâncias antitireoidianas deve ser reduzido ou suspenso para obter o T4 livre materno dentro dos padrões de referência específico do trimestre, de preferência de acordo com a variação intra-individual o melhor possível. Complementando essa estratégia com injeções intra-amnióticas de levotiroxina pode melhorar a condição fetal se for feito por obstetras experientes. A estreita colaboração entre endocrinologistas, obstetras e especialistas em medicina fetal é fundamental para garantir um funcionamento normal da tireóide fetal e um ótimo resultado da gravidez.

Dr. João Santos Caio Jr.
 Endocrinologia – Neuroendocrinologista
 CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
 CRM 28930 
Como Saber Mais:
1. Quando uma mulher hipertireoidea está grávida e faz uso excessivo de substâncias antitireoidianas pode causar hipotireoidismo fetal com bócio...

http://tireoidecontrolada.blogspot.com

2. Na doença de Graves (Doença de Graves ou doença de Basedow-Graves ou ainda bócio difuso tóxico, é uma doença auto-imune e é uma das causas (e a mais frequente) de hipertireoidismo) se deve monitorar de perto o estado da tireóide da gestante...
http://hipertireoidismo.blogspot.com

3. Quando o hipotireoidismo fetal é diagnosticado, o tratamento materno com substâncias antitireoidianas deve ser reduzido ou suspenso para obter o T4 livre materno dentro dos padrões de referência específico do trimestre... 

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

Referências Bibliográficas:
Sofie Bliddal- Graduanda em Medicina, Acadêmica do Departamento de Endocrinologia Medicina, Hospital Universitário de Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca
Åse Rasmussen Krogh, MD-Consultor Chefe do Departamento de Endocrinologia Medicina, Hospital Universitário de Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca
Feldt Ulla Rasmussen, MD


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